Pra ser feliz, é preciso não saber de tudo.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Contava as estrelas, sem saber que eram intermináveis.
Fazia castelos de areia próximos ao mar, sem saber que na primeira onda eles iriam se desfazer.
Fazia barquinhos de papel, e os colocava numa bacia com água, sem saber que minutos depois eles ficariam completamente molhados.
Chorava por qualquer motivo, sem saber que mais tarde choraria por coisas realmente significantes.
Tinha medo do escuro, sem saber que a falta de luz nas pessoas é muito mais assustadora.
Usava muita hipérbole, morria por qualquer coisa, sem saber que na vida só se morre uma vez.
Se ficava triste, fugia para qualquer cômodo da casa, sem saber que mais tarde fugiria apenas para dentro de si mesma.
Acreditava ser feliz, sem saber que a felicidade é tão temporal como as estações do ano.
Não escolhia amigos, nem precisava entendê-los, apenas os tornava anjos, alguns invisíveis...
Era apenas uma criança, e toda criança um dia cresce...
"Todos têm uma criança alegre dentro de si,
mas poucos a deixam viver."
Augusto Cury.

1 comentários:

Victória Resende. disse...

Senti inveja literária agora, haha >.<
LINDO TEXTO, COMO SEMPRE!